Prof. Martinho Condini
Caras
amigas e amigos!
Quando
achamos que todo o Brasil está contaminado pela herança maldita dessa carniça de
presidência e seu repugnante governo, somos surpreendidos positivamente com trabalhos
realizados por esse Brasilzão. Isso nos dá alento para lutar por um país
melhor. E também perceber que somos constituídos em sua maioria por um povo que
tem muita vontade em colaborar na construção de uma sociedade plena e digna. E
um dos caminhos para essa construção é a educação, mas não qualquer educação,
mas uma educação libertadora.
Estou dizendo isso porque
tive a oportunidade de presenciar dias atrás, uma das experiências mais
significativas e incríveis em minha vida como educador, e olha que são mais de
trinta anos trabalhando com educação.
Essa grata surpresa quem
me proporcionou foi a acolhedora cidade de Palmas de Monte Alto, no sudoeste da
Bahia, por meio de dois projetos: “Escola em Tempo Integral” e “Profeintegral”,
que estão sendo implantados pela prefeitura e a secretaria da educação do
município, que possui uma equipe incrível de trabalho, muito competentes e comprometidos,
secretária da educação, toda a equipe da secretaria, gestoras, gestores, coordenadoras,
coordenadores, educadoras e educadores, esses para mim, os mais importantes
desse processo. Este audacioso projeto tem os educandos e educadores como os principais
sujeitos a serem beneficiados, ambos em suas formações de maneira integral, por
meio de ações pontuais, coletivas e dialogadas. Aos educadores a capacitação e
para os estudantes a formação.
Parafraseando o grande
educador, escritor e poeta Rubem Alves, eu digo que ao chegar em Palmas de
Monte Alto, eu vi a “A escola que sempre sonhei e que estou vendo surgir”, digo
isso, porque é um projeto em andamento, sendo construído por toda a comunidade
escolar.
No meu ponto de vista, para
os padrões econômicos e financeiros de Palmas de Monte Alto, desenvolver um
projeto como esse, é algo surpreendente, encantador, é de encher os nossos
olhos d’água e o coração de esperançar e acreditar, sim, que a “utopia
possível” é algo atingível quando se pensa de maneira homogênea e com o intuito
de alcançar um ideal coletivo.
É claro que no processo há
dificuldades e desafios, mas esses serão superados na luta diária e com muita coragem,
e isso não falta para as educadoras e educadores de Palmas de Monte Alto.
O que vi lá, foram
escolas muito bem cuidadas com toda a infraestrutura que as crianças precisam
desde a creche até o ensino médio. Nesta Escola em Tempo integral os estudantes
fazem três refeições ao dia, há o acompanhamento de nutricionistas, psicólogos
e fonoaudiólogos. Há escolas que possuem hortas. Desenvolve-se projetos de
formação musical e esportes.
No período da manhã os
estudantes têm as disciplinas do núcleo comum e a tarde estão sendo instituídos
e aprimorados o desenvolvimento de projetos, escolhidos por eles, que terão a autonomia
para desenvolve-los, com a orientação de um educador ou educadora das áreas
afins ao projeto escolhido. Isso significa para o estudante pertencimento e
autonomia no processo de ensino aprendizagem. Está escola está proporcionando a
esses estudantes construir o seu conhecimento libertador e não “bancário”,
relembrando o mestre Paulo Freire.
A maneira que Palmas de
Monte Alto encontrou para dar melhor qualidade de vida aos seus filhos foi
investindo num projeto arrojado em Educação em Tempo Integral que possibilitará
a cristalização cidadã de suas crianças, jovens e adultos e uma formação humana
e intelectual para a vida e vida em abundância.
Estou plenamente convencido que este grande projeto
está sendo e será ainda mais um divisor de águas para todas e todos os
habitantes de Palmas de Monte Alto, porque o investimento na educação traz
benefícios para toda a coletividade.
Boa sorte e ninguém solta
a mão de ninguém.
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