Prof.
Martinho Condini
Caras companheiras e companheiros, a primavera está ficando mais florida,
apesar de estarmos no início do inverno na latina américa. Já são oito os
países governados pelos partidos de centro-esquerda e esquerda: a Argentina com
Alberto Fernandez; o Chile com Gabriel Borec; a Venezuela com Nicolás Maduro; a
Bolívia com Luis Arce, a Guiana com Irfaan Ali, o Suriname com Chan Santhokhi,
o México com Andrés Manuel López Obrador, Pedro Castilho no Peru e na Colômbia Gustavo
Petro, que tem como vice a Francia, uma afro colombiana, algo sensacional.
Essas vitórias da esquerda e
centro-esquerda não nos garantem que isso se repetirá no Brasil, mas é sim, um
alento que podemos chegar lá também. Uma
onda de esperança e esperançar nos invade e nos estimula a ficar atentos e
cheios de brio para lutarmos até outubro, e derrotarmos esse abjeto desgoverno
fascista e genocida.
Sabemos o quanto será difícil reconstruir
o Brasil após quatro anos de obscurantismo, ignorância e destruição. Mas por
outro lado sabemos que há pessoas competentes e capazes que irão estabelecer
uma agenda propositiva e progressista para o país. Em breve restabeleceremos
nossa dignidade como nação.
Já passamos da hora de vivermos num país
onde as pessoas sejam tratadas com dignidade, todas as pessoas, mas
principalmente, as pessoas das classes menos favorecidas e mais discriminadas:
os afrodescendentes, os indígenas, os grupos LGBTQIA+, os quilombolas, enfim
toda a população que ao longo da nossa história foram maltratadas e excluídas.
Não é possível mais aceitar um padrão de valores estabelecido pela elite
branca, cristã, capitalista, preconceituosa e reacionária. É preciso dar um
basta, são mais de quinhentos de injustiça, exploração, enganação e mentiras.
É chegada a hora das forças progressistas
e democráticas desse país darem as mãos, unir forças e eliminar esse antro
político que aí está apenas para perpetuar privilégios e favorecer bandidos e
vagabundos revestidos de classe política defensoras da família, das tradições e
das propriedades, deles, que as conquistaram por meio da exploração do povo.
Só seremos uma nação soberana quando todas
as crianças, jovens, adultos e idosos tenham uma vida digna, e a justiça social
e racial impere neste país. A democracia política é fundamental para o
desenvolvimento de uma nação, mas a ela deve estar atrelada a democracia social
e a democracia racial também, se não, não é democracia de verdade.
Não podemos mais aceitar que pessoas digam
que um homem ou uma mulher puxando uma
carroça nas ruas do Brasil para sustentar sua família significa
empreendedorismo.
Que os ventos que sopram do oeste da
América Latina nos possibilitem sonhar com dias melhores e que todos nós possamos
ser felizes de novo.
Acredito que esteja chegando a hora.
Boa sorte e até a breve.
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