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por MARCELO BARROS |
O mundo inteiro faz festas de ano novo. A maioria da humanidade segue o calendário ocidental e festejam o 1º de janeiro. Mesmo os habitantes do hemisfério sul, onde o solstício do inverno ocorre em junho e não no final de dezembro celebram as festas de ano novo junto com os povos do norte. Judeus, islamitas, chineses e outros, têm calendários próprios, mas, nesses dias de festa, se unem à maioria da humanidade e celebram conosco o ano novo.
As culturas antigas valorizavam muito o símbolo do ano novo. A depender do clima, era o reinício do ciclo agrícola. Mesmo em meio à pobreza ou a dificuldades da vida, o ano novo sempre recorda que todos nós temos dentro de nós o forte apelo interior para nos renovar permanentemente. Mesmo em culturas nas quais os mais velhos têm lugar de destaque, todo mundo desejaria ser sempre capaz de se renovar. Em algumas tribos, se costumavam queimar roupas usadas no ano anterior e vestir roupas novas, como símbolo da vida nova que se desejava viver. No Israel antigo, a noite de ano novo era marcada por um culto no qual, em nome de Deus, se fazia um sorteio de terras de modo que a terra fosse, a cada ano, novamente repartida entre as tribos.
Hoje, em uma sociedade que domina a eletricidade, o dia e a noite, assim como a escuridão do inverno ou a claridade do verão já não marcam mais o tempo como antigamente. Entretanto, luz e trevas permanecem símbolos de processos interiores e, no mundo inteiro, as luzes se apagam no momento do ano novo para deixar que uma luz nova nos ilumine e os fogos artísticos iluminem a noite. Então, as pessoas se abraçam e se desejam feliz ano novo. Quando vivemos o amor, a generosidade, a solidariedade e a partilha de vida, então, o nosso desejo de que o mundo caminhe para melhor se torna mais eficaz. Não temos força para mudar organizações sociais e sistemas complexos e baseados em leis estruturais, mas podemos contribuir para que se criem as condições necessárias para transformar as leis e sistemas e tornar o mundo mais justo e fraterno.
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