Diário,
6-8 – saí com uns 30homens (de Serra Nova) para derrubar as árvores do ‘roçado’
aberto a quase 5 km daqui. ‘Uma bruta roça’, como dizia admirado o próprio
Benedito Boca-Quente. Foi um dia de mutirão – de trabalho comunitário –
maravilhoso. Eu e um rapazinho trabalhamos de carregadores de água para os que
trabalhavam no machado. Esse dia, senti o júbilo de ver caírem as árvores:
desaprumadas, como nadadores olímpicos, sobre as águas reunidas de todo um
povo. Abria-se uma grande porta ao sol e ao futuro e as folhas sacudidas
dançavam ao ritmo do ar como confete de um festival de liberdade...
Está
soando alguma ameaça. Ronda a angústia. E a espera se faz, às vezes, como
coagulada. A Fé está à prova e eu quero continuar ‘sabendo’ em Quem me tenho
confiado...
Foi
nesse dia de “derrubada” que escrevi numa folha de bananeira brava e com a
ponta de meu canivete o Hino de Serra Nova que depois, cantado em muitos
setores rurais do Brasil, chamou-se “Hino da Comunidade Rural”: “Hino do
Lavrador”.
“Somos
um povo de gente
Somos o
povo de Deus
Queremos
terra na Terra
Já temos
terra nos Céus”.
Pedro Casaldáliga, Creio na Justiça e na Esperança
#Casaldàliga!
#PedroCasaldáligaPresente!
#PereCasaldàliga
#NãoQueremosGuerraQueremosPaz!
#RomariaDosMártiresDaCaminhada
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