Dom Pedro Casaldáliga
Nossos dois ou três primeiros anos foram
muito um sentir-se espantado diante de todo tipo de distâncias, e vivemos com a
preocupação de conhecer, de sentir a realidade. Depois, a partir desta vontade
de conhecimento da realidade, também por vontade de encarnação, fomos definindo
nosso trabalho em quatro níveis que poderíamos traduzir assim: pastoral direta,
primeiro. Segundo, atenção em matéria de educação, nos vários níveis e
aspectos, formal, não-formal, adultos, não-adultos, crianças, jovens, diferentes
clubes, reuniões, encontros que significam educação. Terceiro, saúde. Atenção
sanitária e prevenção. Também nos vários aspectos, dando primazia à saúde
preventiva e à consciência da saúde. E, quarto nível, problemática da terra.
Descobrir, ensinar, ilustrar direitos. Fortalecer a luta de um povo por seus
direitos; um povo sertanejo e de índios em que a terra é problema básico vital.
A partir dessa luta surgiu a CPT (Comissão Pastoral da Terra), a nível da
Conferência Nacional dos Bispos, que é hoje, no Brasil, para mim, a grande
força de renovação, realmente a partir da base, juntamente com o CIMI (Conselho
Indigenista Missionário) e com o que possamos encaminhar de pastoral
especificamente operária, e ao lado de algo mais genérico que são as Comunidades
de Base. Gostaria de precisar, sublinhando fortemente, que essas quatro linhas
ou estratos de nossa pastoral são para a Igreja de São Félix uma única
evangelização de uma única realidade. A partir da fé e a partir da própria
vivência desta realidade humana, pretendemos conscientizar e pretendemos formar
comunidade. A conscientização e a formação da comunidade são os dois objetivos
imediatos de nossa pastoral, à luz da fé e com a força da esperança, que
esclarecem e que congregam e depois celebram.
Pedro Casaldáliga,
Diálogos en Mato Grosso con Pedro Casaldáliga
#Casaldàliga!
#PedroCasaldáligaPresente!
#NãoQueremosGuerraQueremosPaz
Nenhum comentário:
Postar um comentário