Por MARCELO BARROS

De fato, a forma mais atual do Capitalismo
considera como seus três grandes inimigos, o Estado, a natureza e o trabalho. Mesmo
as Igrejas e religiões não reagem a isso e muita gente que se considera
espiritual se deixa cooptar por esse desumano modo de ser e viver. Mesmo em
países nos quais o governo se diz popular ou até socialista, a regra é
privatizar tudo o que é possível. Fala-se em desenvolvimento sustentável e em
economia verde, mas contanto que o lucro dos patrões seja garantido. Como a sociedade é da informação, o trabalho
concreto é visto como coisa do passado.
Como os profetas e profetizas da justiça e
da paz são sempre minorias, mas nunca deixam de atuar, o 1º de maio continua
sendo uma data simbólica. Em algumas cidades, movimentos de trabalhadores
promovem encontros e reflexões sobre as péssimas condições de segurança e a
precarização do mundo do trabalho, as ameaças de privatização dos hospitais
públicos e o desafio da saúde dos trabalhadores, assim como outros desafios que
o povo empobrecido enfrenta no Brasil.
Quem é cristão recorda que o evangelho chama
Jesus de carpinteiro ou artesão, termo usado na época para qualquer trabalhador
braçal. Assim, os homens e mulheres que hoje assumem a missão de participar da
caminhada coletiva do mundo do trabalho sabem que ao lutar pacificamente para
transformar esse mundo estão sendo testemunhas de que o reinado divino está
vindo e Deus está presente na luta do povo pela justiça e pela paz
.
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Marcelo
Barros, monge beneditino e peregrino de Deus
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