“A mulher. Ela, nem menos nem mais.
Secularmente marginalizada em quase todas as culturas e também, é claro, nesta
machista América Latina que, de fato, é mais Mátria do que Pátria Grande, Abya
Yala, terra virgem mãe em constante fecundidade.
As mulheres, todas as mulheres, também as
negras, e as índias também, e as pobres e as usadas e submetidas, estão se
colocando em pé de consciência coletiva e organizada, e são, com muita
frequência, suporte e maioria nas diferentes esferas do movimento popular. E
serão cada vez mais. E não só na práxis, mas também no pensamento, não só na
militância, mas também na liderança. E os homens e a Sociedade e a Igreja
haverão de reconhecer e respeitar e dialogar, porque já a mulher
latino-americana se reconhece ativamente, exige o respeito da igualdade e
dialoga à altura fraterna. Nem quer os privilégios tolos de certo feminismo
primeiro-mundista, nem aceitará facilmente que a Sociedade ou a Igreja
continuem declarando como dogma de fé a presença e a ação da mulher num segundo
plano subordinado”.
Pedro Casaldáliga, Agenda
Latino-americana 1993.
#Casaldàliga!
#PedroCasaldáligaPresente!
#NãoQueremosGuerraQueremosPaz!
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