Prof.
Martinho Condini
Neste
ano de 2022 teremos a mais importante eleição da história da nossa república,
mas acredito que nem todos concordem com essa minha afirmação.
Alguns vão dizer que a eleição de Getúlio
Vargas em 1950 ou a de JK em 1955 foram as mais importantes, devido aos contornos
que esses governos tiveram em relação ao desenvolvimento industrial no país.
Outros
irão dizer que a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985 foi a mais
importante porque deu início ao processo de redemocratização no Brasil, após 21
anos de ditadura militar.
Outros
dirão que foi a eleição de Fernando Henrique Cardoso em 1994, quando foi criado
o plano real que trouxe estabilidade econômica e o fim da inflação que afligia
a sociedade brasileira há décadas.
Outros
afirmarão que a eleição mais importante foi a de Luiz Inácio Lula da Silva em
2002, por ser o primeiro operário a chegar à presidência da república. E por
ter realizado um governo com políticas públicas que deram ao Brasil índices de
desenvolvimento humano nunca atingidos em nossa história, principalmente para
as camadas mais carentes da nossa sociedade. E o Brasil em seu governo chegou a
ser a sexta economia do mundo.
E a
eleição de Dilma Roussef em 2010 pode ser considerada por alguns a eleição mais
importante, pelo fato de ter sido a primeira mulher presidente da nossa
república, e por ter dado continuidade às políticas públicas do seu antecessor.
Mas ela sofreu um golpe liderado pela elite econômica do país e congressistas do
centro-direita e direita que tinham a maioria no congresso nacional, que a
retiraram e foi retirada do poder em 2016, em seu segundo mandato.
Enfim,
as opiniões sobre a mais importante eleição da nossa república podem ser divergentes,
mas como afirmei no início, será a mais importante eleição da nossa república,
sim.
A
justificativa para essa afirmação é muito simples. Nós estamos diante do pior
governo que a nossa república já teve. E olha que se nós olharmos para trás, já
tivemos cada coisa, mas esse é insuperável e imbatível, em todos os sentidos.
Mas a cereja do bolo fecal, é claro,
é o capetão cloroquina e a corja que
o acompanha.
Depois
de tudo o que esse desgoverno fez em plena pandemia e continua fazendo em
relação à saúde, economia, educação, ciência e meio ambiente, o nosso dever
cívico e ético é impedir que o capetão cloroquiana se reeleja. Sua reeleição
seria o caos.
Sabemos que 15% a 20% de acéfalos chamado de
gado estarão com o capetão cloroquina
até o final. Mas os outros 75% ou 80% da população tem a oportunidade de
tirá-lo do lugar que ele nunca deveria ter chegado. Não só o capetão cloroquina, mas todo um projeto
reacionário, fascista, racista e neoliberal que nos acompanha ao longo da
história e que foi retomado com ênfase a partir do golpe de 2016 e a eleição do
ignóbil presidente.
E
não será na companhia de “Alencares”, “Temers”, “Alckmins” ou qualquer outro
representante da direita, que por ventura a turma da Av. Faria Lima queira nos
enfiar goela abaixo que iremos restabelecer a democracia em nosso país e a
consolidação de um governo progressista e socialista como sempre sonhamos e
nunca tivemos.
Durante
toda a nossa história tivemos a elite política conservadora de direita atrelada
ao poder, para manterem os seus privilégios e continuarem de certa maneira
dando as cartas. Nós já sabemos o que significa a esquerda e a centro-esquerda
governar acompanhado da direita e centro-direita. Isto é, estabelecer uma
agenda em que as camadas populares recebem migalhas (que para quem não tem nada
é muito) e as classes privilegiadas continuarem obtendo os seus lucros
exorbitantes e explorando de maneira avassaladora a classe trabalhadora desse
país.
Por
isso, é chegada a hora, companheiras e companheiros, sem medo de ser feliz, de
começarmos a nossa caminhada para sermos
feliz de novo, de verdade.
O Prof. Martinho Condini é historiador, mestre em Ciências da Religião e doutor em Educação. Pesquisador da vida e obra de Dom Helder Camara e Paulo Freire. Publicou pela Paulus Editora os livros 'Dom Helder Camara um modelo de esperança', 'Helder Camara, um nordestino cidadão do mundo', 'Fundamentos para uma Educação Libertadora: Dom Helder Camara e Paulo Freire' e o DVD ' Educar como Prática da Liberdade: Dom Helder Camara e Paulo Freire. Pela Pablo Editorial publicou o livro 'Monsenhor Helder Camara um ejemplo de esperanza'. Contato profcondini@gmail.com
Perfeita analise Martinho. Não podemos ter medo de sermos felizes e para isso, certamente,as alianças terão que ser feitas, porem para atender o povo trabalhador e não quem nos explora.
ResponderExcluirMartinho. Meu professor de história preferido. Ahoooo. Lindo texto companheiro. É chegada a hora!!!!
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