Prof. Martinho Condini
O norte-americano, Steve
Brusatte é um dos principais paleontólogos no mundo, ele já participou de
trabalhos de identificação de dezenas de espécies de animais pré-históricos.
Em junho de 1993, com 9
anos, Brusatte era só mais um dos tantos
milhões de espectadores que assistiram a
ficção científica ‘O Parque dos Dinossauros’, a sensacional adaptação de Steven
Spielberg do livro homônimo de Michael Crichton (1942-2008).
Em 1994, aos 19 anos ele
estava ajudando o renomado paleontólogo Paul Sereno, da Universidade de
Chicago, a identificar fósseis de dinossauros.
Em seu livro Ascensão e
Queda dos Dinossauros: Uma Nova História de um Mundo Perdido, lançado em 2019
no Brasil pela editora Record, ele narra o trabalho de catalogação dos fósseis
encontrados em diferentes parte do mundo.
Na Nigéria ele encontrou
o crânio do Carcharodontosaurus iguidensis, na China descobriu o
Sinosauropteryx prima — o primeiro exemplo de um dinossauro com “filamentos
emplumados”. Também na China encontrou uma nova espécie de dinossauro raptor,
um primo próximo do Velociraptor, que foi denominado de Zhenyuanlong”, em
chinês, “dragão de Zhenyuan”.
Entre as espécies que identificou, a sua
favorita foi a encontrada no Novo México, a Suskityrannus, um tiranossauro de
92 milhões de anos, com apenas 3 metros de comprimento e pesando 50 quilos.
Para Brusatte para entender
cada vez mais sobre o mundo dos dinossauros é preciso escavar, escavar,
escavar. E viajar. Por isso, ele esteve também no Brasil.
Uma das fronteiras mais
empolgantes, segundo Brusatte para a pesquisa sobre dinossauros é o Brasil,
pois aqui há tantas novas espécies sendo encontradas. A sua passagem reforçou a
amizade e o intercâmbio científico com pesquisadores brasileiros. Ele colabora
como co-orientador de alunas de mestrado em Biodiversidade Animal na
Universidade Federal de Goiás, e respeita muito o trabalho dos pesquisadores
brasileiros na área da paleontologia. Ele afirma que há muitas novas espécies
sendo encontradas no Brasil atualmente, desde dinossauros mais antigos até
alguns dos últimos que viveram antes do asteróide que causou sua extinção.
Mas, o mais incrível de
todas essas pesquisas de dinossauros, é que 1993, foi encontrado, pasmem todos
vocês, em território brasileiro, mais especificamente entre o Rio de Janeiro e
Brasília um dinossauro raríssimo. Os paleontólogos do mundo e do Brasil não
deram nenhuma importância há essa descoberta, infelizmente.
Por meio do meu olhar de historiador, estou convencido que o desprezo da comunidade científica por essa descoberta ocorreu pelo fato de quem o descobriu não tenha sido um cientista e paleontólogo renomado mundialmente, mas um cartunista, o Aroeira. Que segundo ele, esse dinossauro “é a maior besta que já caminhou sobre a face da Terra”, então denominado “Estupidossauro Bolsonarus”. Segundo especialistas, a tendência é que essa espécie seja extinta até 2022.
* O
Prof. Martinho Condini é historiador, mestre em Ciências da Religião e doutor
em Educação. Pesquisador da vida e obra de Dom Helder Camara e Paulo Freire.
Publicou pela Paulus Editora os livros 'Dom Helder Camara um modelo de
esperança', 'Helder Camara, um nordestino cidadão do mundo', 'Fundamentos para
uma Educação Libertadora: Dom Helder Camara e Paulo Freire' e o DVD ' Educar
como Prática da Liberdade: Dom Helder Camara e Paulo Freire. Pela Pablo Editorial
publicou o livro 'Monsenhor Helder Camara um ejemplo de esperanza'. Contato
profcondini@gmail.com
Uma verdadeira crônica, no sentido de que costura fatos aparentemente dispersos do cotidiano, mas com um fio comum onde não falta o senso de humor, tão bem explicitado pela charge do genial Aroeira. Gostei muito.
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