Prof. Martinho Condini
Caras amigas e amigos no
início da década de 1970 a rede globo exibia o programa humorístico “Faça
humor, não faça a guerra”. O nome do programa era uma referência burlesca a uma
frase muito utilizada na época, “Faça amor, não faça guerra”.
Em seu comando
estavam os humoristas Jô Soares e Renato Corte Real, ele foi ao ar entre os
anos de 1971 e 1973. Estávamos em plena
ditadura militar, era o período do governo do Gal. Emílio Garrastazu Médici,
denominado “Anos de Chumbo”.
No programa havia vários quadros, um deles Jô Soares (Lelé)
e Renato Corte Real (Dakuka) apareciam vestidos de Napoleão Bonaparte em dois
cavalinhos de pau e realizavam um diálogos nonsenses.
A lembrança do programa e desse quadro me ocorreu após as manifestações
do último dia 7 de setembro.
Os
visionários Jô Soares e Renato Corte Real anteciparam algo que hoje é uma
realidade, a existência no Brasil de um Lelé e Dakuka. Agora representado por
uma única pessoa, se é que posso chamar de pessoa, me refiro ao mandatário do
atual desgoverno, o “Napoleão Lelé Dakuka”.
O “Napoleão Lelé DaKuka”, no dia da pátria, levou milhares
de napoleonminions as ruas vestidos de verde e amarelo, pareciam pilhas Rayo-vac
comandadas por um “rádio desregulado”, um verdadeiro disparate.
Essa cena me remeteu também a lembrança do filme “Exército
de Brancaleone”. Um clássico do
cinema italiano de 1966, que retrata os costumes da cavalaria medieval e a
trilogia “guerra, peste e fome”, de uma forma humorada e satírica. A figura
central é Brancaleone, um cavaleiro atrapalhado que lidera um pequeno e
esfarrapado exército que perambula pela Europa em busca de um feudo.
Estou convencido que o diretor
Mario Monicelli também era um visionário Jô Soares e Renato Corte Real.
Então novamente lembrei-me
do mandatário desse desgoverno, que é o próprio Brancaleone, que diante da
trilogia “pandemia, inflação e fome”, é apoiado por centenas de milhares paspalhos
idiotizados.
Após o festival de tolices
que o “Napoleão Lelé Dakuka” falou em Brasília e São Paulo, respaldado pelo
“Exército de Brancaleone”, só nos resta aguardar o próximo quadro humorístico ou
cena de filme que essa horda irá nos
proporcionar.
Acredito que o “Napoleão Lelé
Dakuka” e o “Exército de Brancaleone”, vão arrumar outra data, quem sabe o “Dia
da Criança”, para se reunirem em nome de “Deus, da Pátria e da Família”, e mais
uma vez tentarem concretizar o “Golpe”, para manter o “Palhaço” (com todo
respeito aos profissionais do circo) “Napoleão Lelé Dakuka” no comando do “Circo
dos Horrores”, em que eles transformaram o Brasil.
O
Prof. Martinho Condini é historiador, mestre em Ciências da Religião e doutor
em Educação. Pesquisador da vida e obra de Dom Helder Camara e Paulo Freire.
Publicou pela Paulus Editora os livros 'Dom Helder Camara um modelo de
esperança', 'Helder Camara, um nordestino cidadão do mundo', 'Fundamentos para
uma Educação Libertadora: Dom Helder Camara e Paulo Freire' e o DVD ' Educar
como Prática da Liberdade: Dom Helder Camara e Paulo Freire. Pela Pablo
Editorial publicou o livro 'Monsenhor Helder Camara um ejemplo de esperanza'.
Contato profcondini@gmail.com
Avante, parabéns!
ResponderExcluirMeus parabéns, resistir escrevendo é preciso!
ResponderExcluirVerdade, Martinho! Vivemos um circo de horrores. Por trás do trágico palhaço, a trupe do interesse economico do agro,sobretudo!
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