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sábado, 19 de novembro de 2011

MARIA CLARA BINGEMER




Carioca, nascida e criada na Cidade Maravilhosa, e vibradora de suas belezas naturais, de sua gente, de sua música, e da luz do sol que se põe no fim do dia sobre a baía de Guanabara e suas ilhas.

Nasceu a 19 de maio de 1949, filha única, neta única e sobrinha única.

Nasceu Lucchetti, neta de italianos, catalães e portugueses. A 2 de junho de 1969 tornou-se Bingemer pelo casamento com um argentino filho de alemães que há trinta e três anos a faz feliz e que lhe deu os três mais belos presentes de sua vida: seus três filhos: Maria Laura, Carlos Frederico, e Maria Cândida. 
Moça típica de sua geração, trancou a faculdade de Comunicação que havia recém começado para seguir o marido por dois anos de Mestrado na Europa. 
Ao voltar ao Brasil, em 1971, retomou a faculdade. Em 1975 concluiu o bacharelado em Comunicação Social na PUC do Rio. Foi quando, procurando um trabalho que não me tomasse o dia inteiro, por causa das crianças, foi convidada pelo então Padre Alfredo Novak (hoje bispo de Paranaguá, PR) a trabalhar na sede da Conferência dos Bispos do Brasil, que naquele tempo funcionava no Rio de Janeiro. Ali começou a desenvolver a área de Meios de Comunicação audiovisuais.
Em 1976 entrou para a Faculdade de Teologia da PUC-Rio. Seu primeiro professor, o Pe. João Batista Libanio abria diante de seus olhos fascinados os caminhos da Teologia Fundamental, da fé e da revelação. O desejo de permanecer no terreno da Teologia e o estímulo de começar a ser convidada para dar assessorias e palestras sobre temas teológicos, juntamente com a mudança da CNBB do Rio rumo a Brasília a levaram a tomar a decisão. de terminar a graduação, e ingressar no mestrado e depois no doutorado, a fim de servir a Igreja e poder ajudar a fazer crescer o Reino de Deus.


Foi nesta mesma época que se deu em sua vida, um encontro decisivo com Inácio de Loyola. A experiência dos Exercícios Espirituais, método que Inácio deixou como legado à Igreja para buscar e encontrar a Deus em todas as coisas passou a moldar sua maneira de rezar e de viver. Foi sobre Inácio, portanto, e sua teologia trinitária que fez sua tese de mestrado e depois de doutorado. Para a última, desloucou-se até Roma, na Universidade Gregoriana, defendendo-a a 3 de maio de 1989.
Após o doutorado, voltou à PUC , seu lar acadêmico desde sempre. Retomou as aulas, a pesquisa e a orientação de teses de mestrado e doutorado. Começou a escrever para periódicos acadêmicos, a publicar livros e artigos e a assessorar dioceses, congregações religiosas e movimentos leigos sobre temas teológicos específicos.
Entre suas linhas de pesquisa ao longo destes anos, ao lado dos sempre amados e nunca abandonados Santo Inácio e a Santíssima Trindade, estiveram : a Mulher e as relações de gênero, a mística inter-religiosa, a crise da modernidade e o pluralismo religioso. No momento, sua atenção se encontra voltada para o pensamento de uma filósofa que se tornou grande amiga, apesar de nunca tê-la encontrado pessoalmente: Simone Weil. A partir dela, desdobrou novos caminhos de pesquisa, onde a violência, o diálogo inter-religioso e o gênero também estavam presentes.
Finalmente, nos últimos anos, a Comunicação vem voltando à sua vida, imbricando-se com a Teologia. Coordenando há quase 10 anos um Centro de fé e cultura da PUC, que se dedica à formação de leigos, começou a ter oportunidade de maior visibilidade na mídia, em especial na televisão e nos jornais. Em 2002, assumiu uma coluna quinzenal no Jornal do Brasil, desde onde procura testemunhar a fé que a levou em seus caminhos desde criança e a fez assumir como missão o magistério teológico.

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