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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Prioridadedes dos Donos do Mundo




por Frei Betto 


      Parem o mundo que eu quero descer! Os donos do planeta enlouqueceram ou não entendo bem o que propõem?

       De 22 a 27 de janeiro, o Fórum Econômico Mundial de Davos, na bucólica Suíça, reunirá empresários, banqueiros e outros donos do dinheiro que parecem não dar a mínima para a crise econômica na Europa (18 milhões de desempregados!). É compreensível, hoje recursos públicos salvam bancos privados!

       Os donos do mundo centram suas atenções no que qualificam de Fatores X – questões que os respeitáveis senhores e senhoras consideram prioritárias e que, se não forem encaradas com seriedade, podem desestabilizar a atual “ordem” mundial.

       O relatório anual sobre os riscos globais, publicado duas semanas antes do encontro de Davos, teve colaboração da revista científica Nature na análise dos Fatores X:

       Vamos a eles.

       O primeiro, a possível descoberta de que há vida inteligente fora desse nosso planetinha desgraçadamente afetado pelas ambições do capital.

       Com o ritmo da exploração do espaço nas últimas décadas - diz o documento preparatório de Davos -, é possível considerar que a humanidade pode descobrir vida em outros planetas. A maior preocupação seria sobre os efeitos nos investimentos em ciência, e a própria imagem do ser humano.

Supondo que seja encontrado um novo lar em potencial para a humanidade ou a existência de vida em nosso sistema solar, a pesquisa científica teria que deslocar grandes investimentos para a robótica e missões espaciais. Além disso, as implicações filosóficas e psicológicas da descoberta de vida extraterrestre seriam profundas, desafiando crenças das religiões e da filosofia humana. Por meio de educação e campanhas de alerta, o público poderia se preparar melhor para as consequências desse processo, sugere o fórum.

No início de 2013, dados coletados pelo observatório espacial Kepler, monitorado pela Nasa, indicam que só a nossa galáxia, a Via Láctea - com pelo menos 100 bilhões de estrelas ou sóis -, teria 17 bilhões de planetas rochosos, com tamanho entre 0,8 a 1,2 o da Terra. Pode ser que um ou mais estejam orbitando suas estrelas à distância adequada para o surgimento de vida.

Atrás dessa retórica “humanista” se esconde o projeto de loteamento do Cosmo. Haja fome de lucros! Eu, que sou crédulo, acredito em vida extraterrestre. Creio mesmo que nossos vizinhos já se aproximaram, mas ao captar nossas emissões televisivas concluíram que na Terra não há vida inteligente.

O segundo Fator X é o avanço cognitivo do cérebro humano pelo uso de estimulantes.

Segundo o documento de Davos, há o temor de que no futuro as pessoas abusem da tecnociência, que permite turbinar o desempenho no trabalho e nos estudos. A química fará de nós robôs ultraeficientes.

       O esforço dos cientistas para tratar doenças como Alzheimer ou esquizofrenia leva a crer que, no futuro não muito distante, pesquisadores identificarão substâncias que permitam melhorar os estimulantes de hoje, como a Ritalina. Apesar de prescritos a pessoas com doenças neurológicas, esses remédios seriam usados no dia a dia.

O avanço poderia também vir de hardwares, diz o relatório. Estudos mostram que a estimulação elétrica pode favorecer a memória. Diante disso, seria ético aceitar o mundo dividido entre os que tiveram oportunidade de ter a parte cognitiva reforçada e os que não tiveram?, indaga o documento. Haveria, ainda, o risco de esse avanço dar errado.

O terceiro Fator X, o uso descontrolado de tecnologias para conter as mudanças climáticas,  que acabariam afetando ainda mais o equilíbrio ecológico. Apesar de as ameaças de mudanças climáticas serem conhecidas, o relatório também indaga se já passamos de um ponto dramático de não retorno. Dados indicam que nosso planeta já perdeu ao menos 30% de sua capacidade de autorregeneração.

      O quarto, os custos dos seres humanos viverem muito mais tempo, após a idade laboral. Os países não têm se preparado para os altos custos que a velhice, hoje qualificada de terceira idade, implica, e com a massa de pessoas que sofrerão de doenças como artrite e demências. A medicina do século XX avançou muito nas descobertas relativas às doenças genéticas, decifrando o genoma humano. São esperados ainda mais avanços no tratamento de doenças do coração e do câncer.

       O documento preocupa-se com o impacto na sociedade de uma camada da população que conseguirá prever e, portanto, evitar as causas mais comuns de morte hoje, mas com deterioração da qualidade de vida. Velhos longevos, ociosos e dependentes. Mais pesquisas seriam necessárias para encontrar soluções para essas condições, hoje consideradas crônicas.

       Por trás de tudo isso, um objetivo prioritário desses senhores e senhoras: onde investir nosso dinheiro, de modo a multiplicá-lo tanto quanto as estrelas do céu e as areias das praias e do mar...



Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser, de “Conversa sobre a fé e a ciência” (Agir), entre outros livros.



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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Paz com a Terra




por Marcelo Barros

A ONU considera 30 de janeiro como o dia internacional da não violência e da paz. Nesse dia, em 1948, na Índia, o Mahatma Gandhi foi assassinado por consagrar sua vida à paz e à não violência. Foi morto por um conterrâneo seu, insatisfeito pelo fato de que Gandhi, hinduísta, passou a morar em um bairro muçulmano para dialogar com crentes de outra tradição religiosa.
Tantos anos depois de sua morte, a paz ainda não chegou ao mundo. A violência entre culturas e principalmente entre religiões continua forte e ameaçadora. Entretanto, nos dias atuais, um elemento que a humanidade toma cada vez mais consciência é de que a paz e a não violência precisam ser estabelecidas entre povos e culturas, mas também entre o ser humano e a Terra, mãe comum de todos nós. De fato, ao fazer da terra e da natureza uma mercadoria a mais para ser vendida e comprada, o sistema social e econômico dominante no mundo deflagra uma guerra contínua e insensata contra a terra e o equilíbrio da vida no planeta. Infelizmente, nem as religiões têm sido atentas a esse problema e não conseguiram impedir a crise ecológica que cada dia se agrava mais. Um relatório recente da ONU, ao avaliar os ecossistemas existentes na terra, revela que dos 24 elementos considerados fundamentais para a conservação da vida no planeta, 15 registram elevado grau de degeneração. A natureza inteira está doente e a própria Terra ferida pela ambição humana.
Nestes dias, na Itália, um jornal de circulação nacional noticiou que neste ano, pela primeira vez, ao final do inverno, as neves dos Alpes diminuirão a tal ponto que não permitirão aos turistas esquiarem na neve natural. E alertava que ao ser derretido o permafrost, ou seja, a  superfície antes permanentemente gelada dos Alpes como do norte do Canadá e da Rússia, libera na atmosfera da terra milhões de toneladas de metano, elemento 23 vezes mais prejudicial à camada de ozônio que o carbono emitido pelos poluentes até aqui conhecidos (La Stampa, 15/ 01/ 2013). A isso se junta o óxido nitroso, liberado pelos fertilizantes químicos, usados na agricultura. Esse elemento, dizem os cientistas, é 40 vezes mais nocivo e provocador do aquecimento da terra. O livro mais recente da pacifista Vandana Shiva nos convida a “fazer paz com a terra”.  Nessa guerra que o sistema social e econômico dominante move implacavelmente contra o planeta, é urgente que tomemos a defesa da terra agredida e ameaçada de morte.   Atualmente, os fóruns sociais e os movimentos sociais, junto com as comunidades indígenas e grupos afro-descendentes, tomam como prioridade a defesa da Terra Mãe e a cura da natureza. Para isso, propõem novas medidas sociais e políticas de defesa da Terra, mas sabem: a base de tudo é uma mudança cultural na forma do ser humano se relacionar com a terra e a natureza. Pessoas e comunidades das mais diversas tradições religiosas desenvolvem uma espiritualidade ecológica que nos faz contemplar o mistério mais profundo, latente em cada ser vivo e em todos os elementos da criação. Na Bíblia, o livro do Apocalipse revela que, quando a Mulher, símbolo da humanidade nova, dá a luz ao ser humano novo, as forças do mal (o dragão) se colocam em guerra contra a mulher e a perseguem. Então, a Terra vem em defesa da mulher e a abriga no deserto pelo tempo necessário (Apoc 12). É uma visão simbólica dessa aliança de amor que precisamos ter com a terra e toda a natureza para viver e testemunhar o projeto divino em ação, no mundo e em nós, até que, como diz Paulo, Deus seja tudo em todos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Qual o sentido dos bons votos para o ano novo?

por LEONARDO BOFF




Já estamos adiantados no novo ano e ainda assim nos desejamos bons votos de saúde e prosperidade. Que sentido tem tais votos no contexto mundial e nacional em que vivemos?
Eles ganham sentido se ocorrer o que pede, com urgência, a Carta da Terra, um dos documentos mais importantes e suscitadores de esperança do começo do século XXI: “uma mudança na mente e no coração, um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”(Conclusão).   
    Quer dizer, se tivermos a coragem de mudar a forma de viver, se o modo de produção e consumo tomar em conta os limites da Terra,  em especial,  a escassez de água potável e os milhões e milhões que passam fome.
Não é impossível que possa ocorrer uma quebra sincronizada do sistema-Terra e do  sistema-vida. As tsunamis e os furacões são pequenas antecipações.   
     Então a biodiversidade poderá, em grande parte, desaparecer, como outrora nas conhecidas 15 grandes dizimações sofridas pela Terra. Muitos humanos também perecerão e se salvarão apenas retalhos de nossa civilização.
     Jared Diamond, conhecido especialista em biologia evolutiva e biogeografia da Universidade da Califórnia, em seu livro Colapaso: como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso (Record 2012) mostrou como esse colapso ocorreu na Ilha de Páscoa, na cultura Maya e na Groelândia do Norte. Não seria uma miniatura daquilo que poderá ocorrer com a Terra, uma Ilha de Páscoa ampliada? Quem nos garante que isso não seja possível?
Há setas em nossos caminhos que apontam para essa direção. E nós, nos divertindo, rindo gaiamente, jogando nas bolsas especulativas, como na fábula de Kierkegaard: um teatro está pegando fogo, o palhaço conclama, aos gritos, que os espectadores venham apagá-lo e ninguém vai pois achavam que era parte da  peça. Todo teatro pegou fogo, consumindo o auditório, os espectadores e toda a redondeza. Noé foi o único a ler os sinais dos tempos: construiu a Arca salvadora e garantiu a si e  representantes da biodiversidade.
Mas há uma diferença entre Noé e nós: agora não dispomos de uma Arca que salve alguns e deixe perece os demais.  Desta vez ou nos salvamos todos ou perecemos todos.
     Com razão  nos conclama, em seu final, a Carta da Terra: “Como nunca antes da história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo”. Observe-se que não se fala em reformas,  melhorias, recortes, regulações, mas “de um novo começo”. Não é que tais iniciativas sejam destituidas sem sentido. Mas serão sempre mais do mesmo e intrassistêmicas. Elas não resolvem o problema-raiz: o sistema a ser mudado. Apenas  protelam a solução; ele se encontra corroído por dentro e transformado numa ameaça à vida e ao futuro da Terra. Dele não poderá vir vida nova que inclua a todos e salve o nosso ensaio civilizatório.
     Isto supõe reconhecer que os valores e os princípios, as instituições e os organismos, os hábitos e os modos de produzir e consumir já não nos asseguram um futuro discernível. O “novo começo” implica inventar uma nova Terra e forjar um novo estilo de “bem viver” e “bem conviver”, produzindo o suficiente e o decente para todos, sem esquecer a comunidade de vida e os nossos filhos e netos.
     Os eixos articuladores não serão mais a economia, o mercado, o sistema bancário nem a globalização, mas a vida, a Humanidade e a Terra, tida como Gaia, superorganismo vivo do qual nós somos a sua porção consciente e inteligente. Todos os demais subsistemas hão de servir a este grande sistema uno e diverso no qual todos serão interdependentes, construindo juntos um destino comum também com a Mãe Terra.
     A situação da Terra e da Humanidade é comparável a um avião na pista de rolamento. Este começa a correr. Todo piloto sabe que chega  um momento crítico em que o avião deve decolar, caso contrário se arrebentará no fim da pista. Não são poucos, como Michail Gorbachev, Martin Rees, James Lovelock,Eduard Wilson, Albert Jacquard entre outros  que nos advertem: passamos o ponto crítico e não levantamos voo. Para onde vamos?
     Como a evolução não é linear mas dá saltos, nunca perdemos a esperança, antes a cultivamos, de um salto quântico que nos salve com uma nova mente e um novo coração e, por isso, com um destino promissor para 2013.
     Veja meu livro: O cuidado necessário: na vida,na saúde, na ecologia na educação Vozes

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

CINEMANIA - Les Misérables

(2012)

 

 157 min  -  Drama | Musical | Romance  -  25 December 2012 (Canada)
  
Estreia em Recife: 01 de fevereiro de 2013



Diretor: 

Tom Hooper

Escritores: 

Claude-Michel Schönberg (book)Alain Boublil(book)and 6 more credits »

Vivemos em uma época de recriações. Hoje em dia é quase impossível apresentar uma trama totalmente nova, uma história totalmente inovadora. E resta aos cineastas inovarem nas técnicas. 3D, 48 quadros por segundo, filmes feitos com câmeras digitais para parecerem mais realistas. Em termos de efeitos visuais, hoje em dia quase tudo é CG. Por trás das mais belas cenas há, quase sempre, um fundo azul. E, competindo com grandes produções visuais como The Hobbit e Life of Pi, Les Miserables, ou Les mis como é conhecido aqui na América do Norte, foi atrás da sua inovação e conseguiu, mesmo retratando um cenário antigo, um mundo sem magia e cheio de miséria, fazer algo jamais feito no cinema. 

Vamos começar alertando que se trata de um musical. E não, não é um musical feito desenhos da Disney, onde a cada 30 minutos alguém canta uma musiquinha alegrinha de 2 minutos de duraçao. Ele é TODO cantado. Eu contei 3 frases, em 2h30 min de filme que não são cantadas. Então meu caro (a), se você não é super fã de musicais, nem tente. Não tem nada pior do que ouvir uma pessoa que foi assistir a um MUSICAL, reclamar que o filme é todo cantado. Mas, se você gosta, vá em frente. O filme vale a pena.

Dessa vez eu vou quebrar a minha regra de não falar muito sobre a história do filme, pois é um remake de um remake baseado em um livro já bem antiguinho. Eu não vou supor que todos aqui saibam disso, então lá vai: Les Miserables é baseado em um livro de Victor Hugo (Autor de O corcunda de Notre-Dame) escrito em 1862. Já houve duas outras versões do livro no cinema. Uma em 1935 e uma em 1998. Esse porém é baseado no musical. Eu nunca li o livro (pretendo em breve), mas dizem que é uma adaptação muito bem feita e fiel. 

Les mis se passa na França do século 19 e conta a história de Jean Valjean (Hugh Jackman) , preso 19 anos por roubar um pão. O filme começa no momento em que ele é liberto, em condicional. Ele quebra a condicional na esperança de começar uma nova vida e consegue até que ele descobre que um homem inocente está voltando para a prisão em seu lugar. Em meio a um cenário pós revolução, a história de Valjean  se entrelaça com a de Fantine (Anne Hathaway), que pede a ele que tome conta da sua filha Cosette. 

Se eu pudesse definir o filme em uma palavra seria IMPECÁVEL. Tudo, desde a maquiagem, as atuações, a direção, a fotografia, o figurino, tudo conspira pra fazer de Les mis um filme inebriante. Anna Hathaway é responsável por uma das cenas mais emocionantes do cinema, cantando  I dreamed a dream. Me arrepio só de lembrar. E aí é que está a grande jogada e a grande inovaçao desse musical. As cenas foram gravadas "ao vivo". 

 Hã? Como assim? 

Seguinte, para quem não entende nada de cinema isso não quer dizer muita coisa, mas caso você não saiba, todo filme é de certa forma dublado. A cena é gravada e o som é mixado em estudio depois. Na maioria dos filmes normais existe uma equipe que é encarregada de captar o som (vozes dos atores, barulho ambiente, etc), tratar esse som e uma outra equipe é responsável por jogar  esse som por cima das imagens no estudio e ter certeza de que elas estejam perfeitamente em sincronia com a cena. No caso dos musicais, as musicas sao gravadas em estudio dois, as vezes três meses antes da filmagem e colocadas na cena. Por isso que as vezes a música está em um tom super alto e o ator não está com cara de quem tá fazendo nem um pouco de esforço pra alcançar aquela nota. Pois na verdade, na cena ele não estava cantando. Eles gravam as músicas sem saber como vai ser a cena, sem contracenar com ninguém e isso dá uma limitação muito grande.  Les mis mudou isso e gravou todo o audio diretamente das cenas. Isso dá uma liberdade de expressão incrível para os atores e um realismo muito maior. Um piano era tocado durante as gravações para dar o ritmo aos atores que deram uma roupagem totalmente diferente às canções. O filme mistura dor, a miséria da época e da situação, uma tristeza profunda e, acreditem ou não, uma certa dose de humor e irreverência num resultado nada mais nada menos do que absolutamente fantástico.

Outra coisa interessante do filme é que vários atores tinha algum tipo de ligação com a história. Hugh Jackman contou que no primeiro teste que ele fez na vida, foi para o musical A bela e a fera. Quando chegou lá puseram ele pra cantar uma música de Les mis. Ele questionou o diretor ao que o diretor respondeu que ele não reclamasse, pois ele provavelmente jamais teria oportunidade de cantar aquela música profissionalmente. A mãe de Anna Hathaway fez Fantine na primeira tour do musical nos EUA. Amanda Seyfried já havia feito o papel de Cosette quando criança em um concerto. 

Fora isso o comprometimento dos atores com essa produção é de arrepiar. Jackman passou 36 horas sem beber nenhum liquido pra poder parecer REALMENTE desidratado em uma das cenas, além de ter perdido 15 kg. Segundo ele isso resultou em uma das piores dores de cabeça que ele teve na vida. Anna Hathaway perdeu 12kg pra fazer a cena da sua morte e cortou o cabelo de verdade. Detalhe importante: O filme custou 61 milhões de dólares e já arrecadou 118 mi só nos EUA. 

Eu poderia passar horas e mais horas falando sobre a beleza desse filme, mas ninguém teria paciência de ler, então eu vou parar por aqui com o seguinte conselho: Gosta de musical? Vá correndo ver. Se não é super fã de musical, mas é super fã de cinema, vá correndo ver, pois é um belo exemplo de boa execução. 

Frase: Fantine: I had a dream my life would be so different from this hell I'm living! So different now from what it seemed... Now life has killed the dream I dreamed.