por REJANE MENEZES
Pois é, o dia 21 de dezembro chegou e o mundo não acabou. O ano
novo chegou e, como a cada ano novo, planos foram feitos, projetos
elaborados, expectativas criadas e muitos sonhos aguardando serem
realizados. E, é claro, a esperança de dias melhores.
Para o mundo, de uma maneira geral, 2012 foi um ano difícil, com suas crises financeiras e conflitos sangrentos.
Para cada um de nós, foi um ano diferente, bom ou ótimo para alguns,
difícil para outros. Porque a vida é assim mesmo, em um momento estamos
bem, em outros nem tanto. Ela nos surpreende a cada instante nos
mostrando que, apesar de por algumas vezes sentirmos que estamos no
controle, isso não passa de uma ilusão.
Mas, bom ou ruim, alegre ou triste, 2012 se foi, deixando para
2013 a árdua tarefa de consertar o que de errado ele deixou e de
continuar o que aconteceu de bom.
Não importa se, como dizem alguns, é apenas a passagem de um dia
para outro, o início de um novo ano tem sempre algo de mágico, de
surpreendente, de misterioso. Não é apenas o final de um dia e o começo
da madrugada do outro. É um marco que anuncia que tudo pode ser
diferente a partir daquela aurora.
Talvez acreditar nisso seja como acreditar que o bom velhinho
trará presentes, na fada madrinha que atenderá os desejos ou no
coelhinho que traz ovos de chocolate. Mas, o que seria de nós se, em
algum momento da vida, não houvéssemos acreditado na magia dos contos
de fada, em princesas presas em castelos e príncipes encantados
montados em cavalos brancos?
O que seria de nossa infância se a vida fosse encarada em toda sua
realidade, sem os livros de história para nos embalar, sem as lendas
para nos encantar ou os sacis, cucas, caiporas para nos assustar?
Os sonhos nos animam a seguir em frente, lutando para que se
tornem realidade. O que seria de nós, adultos, se perdêssemos a
capacidade de sonhar? Seríamos como robôs programados para trabalhar,
lutar pela sobrevivência, nos divertirmos porque está no programa,
amarmos porque faz parte do roteiro e, sei lá, chegar ao final da vida
como o “Velho” da música de Chico Buarque que chega ao final de sua
jornada deixando a vida sem saudade, sem dívida, sem saldo, sem rival
ou amizade. Sua vida, segundo ele foi em vão.
Por isso o ano novo é sempre novo, de verdade, porque só o fato de
desejarmos uns aos outros tanta coisa boa, já é um começo de mudança.
Quando sonhamos, quando ousamos, quando temos esperança, mostramos que
estamos vivos e prontos para recomeçar. Ou, quem sabe, simplesmente
continuar naquilo que não precisa ser mudado.
Para mim, particularmente, 2013 chega cheio de esperança e expectativa de boas novas. Que assim seja.
Que 2013 seja o nosso ano de sorte. Quem sabe o primeiro, de uma
série de muitos. Que ele chegue carregado de sonhos e realizações. De
planos e execuções. De projetos e conclusões. Que ele chegue carregado
de amor, de muita saúde e de paz. E que, ao terminar, deixe saudade.
Rejane Menezes É articuladora do Jornal Linha de Frente.
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