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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Eleições de Pontífices - As tradições do conclave


por FREI BETTO



No próximo conclave, os cardeais eleitores serão 61 europeus, 19 latino-americanos (dos quais 5 brasileiros), 14 norte-americanos, 11 africanos, 10 asiáticos e 1 da Oceania. O candidato eleito papa deve ter pelo menos 2/3 dos votos.
     Esses números podem variar, dependendo da data de abertura do conclave. O cardeal alemão Walter Kasper, por exemplo, completa 80 anos a 5 de março. A Itália é o país com o maior número de eleitores, 21 cardeais.
      A data do início do conclave é importante, porque a Semana Santa deste ano começa a 24 de março, dia da missa do Domingo de Ramos, seguida pela festa da Páscoa, a 31 de março.
      Para se ter um novo papa antes do período litúrgico mais solene do calendário da Igreja, ele teria que ser empossado a 17 de março, devido à tradição de celebrar a missa de entronação em um domingo. Dado o prazo apertado, as especulações dão conta de que a votação teria início por volta de 10 de março.
      Uma vez eleito, o novo papa deverá escolher um novo nome. Essa tradição data de 533, quando um padre chamado Mercúrio foi eleito bispo de Roma. Por se considerar que Mercúrio era um nome pagão, inadequado a um papa, ele adotou João II. Até então os papas eram simplesmente chamados por seu nome de batismo.
      Bento XVI mereceu, em 2005, uma eleição rapidíssima, apenas 24 horas após o início do conclave, depois de quatro escrutínios.
      No século XX, o conclave mais breve foi o que elegeu Pio XII, a 2 de março de 1939. Durou também 24 horas e três escrutínios. O mais longo elegeu Pio XI, a 6 de fevereiro de 1922, só decidido após quatro dias e 14 escrutínios.
      João Paulo II, que dirigiu a Igreja Católica ao longo de 26 anos e cinco meses, foi eleito em 48 horas e oito escrutínios, a 16 de outubro de 1978. Precedeu-o João Paulo I, eleito em 24 horas e quatro escrutínios.
      O pontificado mais longo da história da Igreja, à exceção do apóstolo Pedro, foi o papa Pio XI, que governou a Igreja de 1846 a 1878 – 31 anos, sete meses e 17 dias.
      O primeiro conclave do século XX elegeu Pio X, hoje canonizado, em agosto de 1903, após quatro dias de votações. Também cotado como “papável”, o cardeal Mariano Rampolla, que fora secretário de Estado do papa Leão XIII, teve sua eleição vetada pelo imperador da Áustria, Francisco José I, que como monarca católico tinha o direito de intervir no conclave. Rampolla foi punido por sua política de respaldo às aspirações eslavas que fermentavam nos Balcãs. Foi a última intromissão explícita do poder civil numa eleição papal.
      Pio X foi sucedido por Bento XV, eleito a 3 de setembro de 1914, após três dias e dez escrutínios. Ratzinger adotou o nome de Bento XVI em homenagem ao pastor disposto a buscar a paz durante o período em que a Europa se encarniçava na Primeira Grande Guerra. Foi sucedido por Pio XI em 1922.
      João XXIII, eleito aos 77 anos, a 28 de outubro de 1958, após três dias de conclave e dez escrutínios, ocupou o papado por apenas cinco anos e promoveu uma verdadeira revolução na Igreja Católica ao convocar, de surpresa, o Concílio Vaticano II. 
      O período mais longo com o trono de Pedro vazio durou três anos, sete meses e um dia, entre 26 de outubro de 304 (morte do papa Marcelino) e 27 de maio de 308 (eleição do papa Marcelo I).
      O costume de trancar os cardeais-eleitores “com chaves” (conclave) teve início na cidade italiana de Viterbo, em 1271. O papa Clemente IV havia morrido em 1268, e passados quase três anos nada de os 17 cardeais elegerem o sucessor. O povo de Viterbo, para apressar a decisão, retirou o telhado do local em que os prelados se reuniam e obrigou-os a se alimentar apenas de pão e água. Logo foi eleito Gregório X, que normatizou o enclausuramento do colégio cardinalício.
     Agora o isolamento dos cardeais visa a evitar intromissão do poder civil e vazamento dos debates que precedem os escrutínios. Porém, com as atuais tecnologias de captação de som à distância, não é improvável uma escuta remota do conclave.

Frei Betto é escritor, autor de “A arte de semear estrelas” (Rocco), entre outros livros.
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Quaresma e vida nova




Por MARCELO BARROS
                       
A cada ano, os cristãos de Igrejas mais antigas celebram Quaresma e Páscoa. É um tempo oportuno para que, ao lembrar a morte e ressurreição de Jesus, cada um possa se renovar interiormente e colabore para transformar o mundo e tornar toda a Igreja e o próprio mundo mais pascal. Ainda hoje, a Quaresma é associada a práticas de jejum e penitência. Em alguns lugares, o povo faz via sacra e procissões tradicionais. Quem vê de fora pode pensar na Quaresma como repetição anual dos mesmos textos e ritos. Entretanto, ao contrário, Paulo escreve aos cristãos de Roma: “Já que vos dais conta do tempo em que estamos vivendo, é hora de despertardes do sono, porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçamos a fé” (Rm 13, 11).
     Para Paulo, a salvação não significa apenas o esforço para se santificar pessoalmente, mas a realização do projeto divino no mundo e nas comunidades. Ele insiste que, mesmo em meio às contradições da história, esse projeto se realiza pouco a pouco e progressivamente. Isso não significa que o mundo hoje seja mais humano ou justo do que há cem anos. 
     Menos ainda que o tempo, por si mesmo, traga soluções para a vida melhorar. Há quem considere que, em vários aspectos, hoje, a sociedade seja mais violenta do que em outras épocas, o individualismo mais exacerbado, a natureza mais destruída e o futuro mais sombrio. Entretanto, apesar disso tudo, em meio a todas as dificuldades, germina uma semente de paz, justiça e amor que vem do Espírito e vai na direção do projeto divino no mundo. Seja como for, a consciência de direitos humanos, a luta pela liberdade e pela igualdade entre homens e mulheres, de todas as raças e culturas, tem crescido e é sinal de que aquilo que judeus e cristãos chamam de Páscoa vai progressivamente se realizando não somente nos corações dos crentes, mas mesmo nas estruturas do mundo.  
       A Campanha da Fraternidade dessa Quaresma e Páscoa foi decidida há mais de dois anos pela CNBB, alarmada pelas estatísticas que mostram o elevado número de assassinatos e violências cometidos contra os jovens mais pobres no Brasil, especialmente os de raça negra e moradores de favelas.    
     Essa violência tem várias raízes na injustiça estrutural de nossa sociedade, mas se alimenta com os conflitos trazidos pela marginalização e pela frustração de muitos jovens privados de moradia, trabalho e condições de vida digna que deveriam ser direitos de todos. Para diagnosticar se um viaduto ou um edifício rachado estão sob o risco de desabar, engenheiros e arquitetos examinam as condições dos pontos mais frágeis. Se as ligaduras e junções consideradas mais fragilizadas suportarem bem a pressão cotidiana do uso, eles consideram o viaduto ou edifício seguro. Se estas se mostram sob o risco de caírem, todo o edifício está condenado. 
     A sociedade humana também é assim. E, por várias razões, a sua parte mais fragilizada e mais vítima das injustiças sociais é justamente a juventude das periferias urbanas, das comunidades rurais e de modo especial dos grupos indígenas e negros. As estatísticas mostram que os jovens negros são as mais frequentes vítimas da violência urbana no Brasil. E em algumas regiões, como o Mato Grosso do Sul, as áreas indígenas continuam sofrendo com o número assustador de adolescentes e jovens que se suicidam. Estas sociedades precisam de novas condições de vida. A Páscoa é essa energia de esperança e de comunhão.
     Para quem é cristão, o mais importante na Quaresma não é a prática de devoções penitenciais que podem não trazer nenhuma mudança concreta à vida pessoal e a da comunidade. O que Deus pede de nós e renunciarmos a tudo o que for necessário e nos dispor a uma maior solidariedade com os projetos que restituam à juventude do campo e da cidade uma possibilidade de vida nova e pascal. Isso também para nós será fonte de profunda alegria. No século IV, o bispo João Crisóstomo ensinava: “A Páscoa de Jesus vem fazer da vida da gente, mesmo no meio das lutas e das dores, uma festa permanente de esperança e comunhão”.  

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A erosão das fontes de sentido




 por LEONARDO BOFF

Já foi dito, com verdade, que o  ser humano é devorado por duas fomes: de pão e de espiritualidade. A fome de pão é saciável. A fome de espiritualidade, no entanto, é insaciável. É feita de valores intangíveis e não materiais como a comunhão, a solidariedade, o amor, a compaixão, a abertura a tudo o que é digno e sagrado, o diálogo e a prece ao Criador.
Esses valores, secretamente ansiados pelos seres  humanos, não conhecem limites em seu crescimento. Há um apelo  infinito que lateja dentro de nós. Somente um infinito real pode nos fazer repousar. A excessiva centralização na acumulação e no desfrute de bens materiais acaba por produzir grande vazio e decepção. Foi o que concluiram analistas da universidade Lausane. Algo em nós grita por algo maior e mais humanizador.
     É nesta dimensão que se coloca a questão do  sentido da vida. É uma necessidade humana encontrar um sentido coerente. O vazio e o absurdo produzem angústia e  sentimento de estar só e desenraizado. Ora,  a sociedade industrialista e consumista, montada sobre a razão funcional, colocou no centro o indivíduo e seus interesses particulares. Com isso, fragmentou a realidade, dissolveu qualquer cânon social, carnavalizou as coisas mais sagradas e ironizou ancestrais convições, chamadas de “grandes narrativas”, consideradas metafísicas essencialistas, próprias de sociedades   de outro tempo. Agora funciona o “anything goes”, o vale tudo dos vários tipos de racionalidade, de posturas e de leituras da realidade.  Criou-se o relativismo que afirma que nada conta definitivamente.
     A isso se chamou de pós-modernidade que para mim representa a fase mais avançada e decadente da burguesia rica mundial. Não satisfeita de destruir o presente, quer destruir também o futuro. Ela se caracteriza por um completo descompromisso de transformação e de um professado desinteresse por uma humanidade melhor. Tal postura se traduz por uma ausência declarada de solidariedade para com o destino trágico de milhões que lutam por terem uma vida minimamente digna, de poderem morar melhor do que os animais, de terem acesso aos bens culturais que lhes enriqueçam a visão do mundo. Nenhuma cultura sobrevive sem uma narrativa coletiva que confira dignidade, coesão, ânimo e sentido à caminhada coletiva de um povo. A pós-modernidade nega irracionalmente esta dado originário.
     No entanto, por todas as partes do mundo, as pessoas  estão elaborando significados para suas vidas e padecimentos, buscando  estrelas-guias que lhes dêem   um norte e lhes abram um porvir esperançador. Podemos viver sem fé, mas não sem esperança. Sem ela se esta está a um passo da violência, da banalização da morte e, no limite, do suicídio.
     Ora as instâncias que historicamente representavam a construção permanente do sentido, entraram modernamente em erosão. Ninguém, nem o Papa, nem Sua Santidade o Dalai Lama podem dizer seguramente o que é bom ou mau para esta quadra planetária da história humana.
     As filosofias e outros caminhos espirituais respondiam por esta demanda fundamental do humano. Mas elas, em grande parte, se fossilizaram e perderam o impulso criador. Sofisticam-se cada vez mais sobre o já conhecido, sempre de novo repensado e redito mas desfibradas de coragem para projetar novas visões, sonhos promissores e utopias mobilizadoras. Vivemos um “mal-estar da civilização”, semelhante àquele do ocaso do império romano, descrito por Santo Agostinho em “A Cidade de Deus”.  Nossos  “deuses”  como os deles já não são mais críveis. Os novos “deuses” que estão despontando não são vigorosos o bastante para serem reconhecidos, venerados e lentamente ganharem os altares.
     Estas crises só são superadas quando se fizer uma nova experiência do Ser essencial de onde se deriva uma espiritualidade viva. Vejamos alguns lugares onde os “novos deuses” se anunciam  e uma nova percepção do Ser aparece.
      Por mais críticas que lhe devemos fazer no seu aspecto econômico e político, a globalização é, antes de tudo, um fenômeno antropológico que se expressaria melhor por planetização: a humanidade se descobre uma espécie, habitando uma única Casa Comum, o planeta Terra, com um destino comum. Tal fenômeno vai exigir uma governança global para gestionar os problemas coletivos. É algo novo.
     Os Fórums Sociais Mundiais que a partir do ano 2000 começaram a se realizar a partir de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, revelam uma particularíssima irrupção de sentido. Pela primeira vez na história moderna, os pobres do mundo inteiro, fazendo contraponto às reuniões dos super-ricos na cidade suiça de Davos, conseguiram acumular tanta força e capacidade de articulação que acabaram aos milhares se encontrando primeiro em Porto Alegre, depois em outras cidades do mundo, para apresentar suas experiência de resistência e de libertação, para trocar experiências de como  criam microalternativas ao  sistema de dominação imperante, como alimentam um sonho coletivo para gritar:um outro mundo é possível, um outro mundo é necessário. É algo novo.
     Nas várias edições dos Fóruns Sociais Mundiais, em níveis regional e internacional, se notam os brotos do novo paradigma de humanidade, capaz de organizar de forma diferente a produção, o consumo, a preservação da natureza e a inclusão de toda a humanidade num projeto coletivo que garanta um futuro de vida e de esperança para todos. Dai a sua importância: do fundo do desamparo humano está emergindo uma fumaça que remete a um fogo interior do lixo ao qual foram condenadas as grandes maiorias da humandiade. Esse fogo é inapagável. Ele se transformará numa brasa e num clarão a iluminar um novo sentido para humanidade. Oxalá.

*Leonardo Boff teólogo e filósofo é autor de Tempo de transcendência, Vozes 2010.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CINEMANIA - OSCAR 2013



Como boa apreciadora do cinema, eu sempre acompanho as principais premiações e, logicamente, eu não poderia deixar de acompanhar o Oscar todo ano. 

Confesso que desde o fiasco da premiação de 1999 O Oscar andava meio em baixa comigo. Foi nesse ano que Edward Norton em uma de suas mais fantásticas interpretações (A outra História Americana) perdeu o prêmio de melhor ator para aquela versão de Didi Mocó italiana, o Roberto Benigni em A vida é bela, Central do Brasil perdeu o Oscar de melhor filme estrangeiro pra, novamente, um dos filmes mais toscos e idiotas já feitos, A vida é bela E, como se não bastasse, Fernanda Montenegro perdeu o Oscar de melhor atriz pra Gwyneth Paltrow... e eu tive vontade de pular da janela embaixo, mas morava em um primeiro andar... não iria fazer muito estrago. Não sou nem um pouco patriota, mas nem um pouco mesmo. MAS VAMOS COMBINAR!!!! Nem o trapalhão italiano nem aquela songa monga aguada são sequer atores, que dirá dignos de Oscar!!!!

Mas, felizmente, de uns anos pra cá a academia tem recuperado sua reputação comigo. Esse ano foi um ano especialmente difícil, pois muitos filmes fantásticos estavam concorrendo e foi difícil demais escolher um. Minha torcida, particularmente, se dividia entre Les miserables e Argo. Argo levou melhor filme, entre outros e Les Mis levou melhor atriz coadjuvante para Anna Hathaway, muito mais do que merecido. Esse ano eu fiquei feliz. Estava torcendo pra Hugh Jackman como melhor ator, mas Daniel Day-Lewis ter levado foi muito justo.  Na categoria de melhor atriz, Quvenzhané Wallis foi a mais nova atriz a ser indicada ao Oscar desbancando Anna Paquin em O Piano. Mas quem levou a estatueta foi a belíssima Jeniffer Lawrence (mais conhecida por seu papel em Hunger Games). Nao houve nenhum filme avassalador em termos de premiacao. Todas as estatuetas foram bem divididas e uma surpresa. Deu um empate!! Melhor montagem de som: 
007 – Operação Skyfall
A Hora Mais Escura

Isso nao acontecia há quase dez anos. A ultima vez foi em 1994. 

Confira abaixo a lista completa dos indicados e da premiação:

Melhor Filme

Melhor Direção
  • Michael Haneke, por Amor
  • Benh Zeitlin, por Indomável Sonhadora
  • Ang Lee, por As Aventuras de Pi
  • Steven Spielberg, por Lincoln
  • David O. Russell, por O Lado Bom da Vida

Melhor Ator
  • Bradley cooper, por O Lado Bom da Vida
  • Daniel Day-Lewis, por Lincoln
  • Hugh Jackman, por Os Miseráveis
  • Joaquin Phoenix, por O Mestre
  • Denzel Washington, por O Voo

Melhor Ator Coadjuvante
  • Alan Arkin, por Argo
  • Robert De Niro, por O Lado Bom da Vida
  • Philip Seymour Hoffman, por O Mestre
  • Tommy Lee Jones, por Lincoln
  • Christoph Waltz, por Django Livre

Melhor Atriz
  • Jessica Chastain, por A Hora Mais Escura
  • Jennifer Lawrence, por O Lado Bom da Vida
  • Emmanuelle Riva, por Amor
  • Quvenzhané Wallis, por Indomável Sonhadora
  • Naomi Watts, por O Impossível

Melhor Atriz Coadjuvante
  • Amy Adams, por O Mestre
  • Sally Field, por Lincoln
  • Anne Hathaway, por Os Miseráveis
  • Helen Hunt, por As Sessões
  • Jacki Weaver, por O Lado Bom da Vida

Melhor Roteiro Adaptado
  • Argo, de Chris Terrio
  • Indomável Sonhadora, de Lucy Alibar & Benh Zeitlin
  • As Aventuras de Pi, de David Magee
  • Lincoln, de Tony Kushner
  • O Lado Bom da Vida, de David O. Russell

Melhor Roteiro Original
  • Amor, de Michael Haneke
  • Django Livre, de Quentin Tarantino
  • O Voo, de John Gatins
  • Moonrise Kingdom, de Wes Anderson & Roman Coppola
  • A Hora Mais Escura, de Mark Boal

Melhor Animação

Melhor Fotografia

Melhor Figurino

Melhor Documentário
  • 5 Broken Cameras
  • The Gatekeepers
  • How To Survive A Plague
  • The Invisible War
  • Searching For Sugar Man

Melhor Curta Documentário
  • Inocente
  • Kings Point
  • Mondays At Racine
  • Open Heart
  • Redemption

Melhor Montagem
  • Argo - William Goldenberg
  • As Aventuras de Pi - Tim Squyres
  • Lincoln - Michael Kahn
  • O Lado Bom da Vida - Jay Cassidy e Crispin Struthers
  • A Hora Mais Escura - Dylan Tichenor e William Goldenberg

Melhor Filme em Língua Estrangeira

Melhor Maquiagem e Penteado

Melhor Trilha Sonora
  • Anna Karenina - Dario Marianelli
  • Argo - Alexandre Desplat
  • As Aventuras de Pi - Mychael Danna
  • Lincoln - John Williams
  • 007 – Operação Skyfall - Thomas Newman

Melhor Canção Original
  • "Before My Time", de Chasing Ice
  • "Everybody Needs A Best friend", de Ted
  • "Pi’s Lullaby", de As Aventuras de Pi
  • "Skyfall", de 007 – Operação Skyfall
  • "Suddenly", de Os Miseráveis

Melhor Design de Produção
  • Anna Karenina
  • O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
  • Os Miseráveis
  • As Aventuras De Pi
  • Lincoln

Melhor Curta de Animação
  • Adam And Dog
  • Fresh Guacamole
  • Head Over Heels
  • Maggie Simpson In “The Longest Daycare”        
  • Paperman

Melhor Curta-Metragem
  • Asad
  • Buzkashi Boys
  • Curfew
  • Death Of A Shadow (Dood Van Een Schaduw)
  • Henry

Melhor Edição de Som (empate)
  • Argo
  • Django Livre
  • As Aventuras De Pi
  • 007 – Operação Skyfall
  • A Hora Mais Escura

Melhor Mixagem de Som
  • Argo
  • Os Miseráveis
  • As Aventuras De Pi
  • Lincoln
  • 007 – Operação Skyfall

Melhor Efeitos Visuais