por ROSSANA MENEZES
Diretor: J.J.
Abrams
Na minha família, o almoço de sábado
sempre foi na casa da minha avó, dona Yolanda (ou Yoyó, como a chamamos). E
durante muito tempo, muito tempo mesmo, à tarde no canal Universal Channel,
tinha maratona de Star Trek. Meu pai, religiosamente, saia da mesa após almoçar
e ligava a TV. E a nossa tarde era regada a muita conversa e Star Trek.
Somos uma família de NERDS. Isso é fato.
Ver Star Trek, Star Wars, O Senhor dos Aneis, etc, jogar videogame, é
programação de família. Programa frequente de sábado a noite é juntar os amigos
em casa, vinho, petiscos e jogos de tabuleiro. E meus pais sempre no meio da
brincadeira. Até hoje.
Na estreia do primeiro filme dessa nova
franquia em 2009 eu estava em Campinas e fui assistir com um amigo meu, também
muito fã de Star Trek. O filme é fantástico, mas tem muita cara de blockbuster.
Não sei... faltou alguma coisa. Mas eu amei.
Quando o Into Darkness foi anunciado eu
esperei ansiosa. Sou dessas que acompanha o desenvolvimento do filme e espera,
ansiosa, o dia da estreia. JJ Abrams na direção era um bom sinal, já que ele
tinha dirigido o primeiro. Confesso que não gosto de Lost (TV Series), mas,
fora isso, gostei da maior parte das coisas que passaram pelas mãos do Abrams,
seja como diretor ou como produtor.
Essa franquia é um reboot da série e muda
algumas coisas da história original. Mas nada que não tenha ficado bem
colocado. É um filme para todo mundo. Para aqueles que acompanharam a série,
ele é recheado de referências e homenagens. A primeira cena é a cara dos meus
sábados. Para quem nunca viu um único episódio das séries antigas ele é limpo,
claro, lógico, atingindo bem o objetivo de elevar o status da franquia de
underground para o mainstream, afinal, Star Trek nunca foi sobre arrecadação e sim sobre paixão. Mas hoje em dia não existe mais lugar para isso. Apenas alguns fãs fieis não são suficiente. Há de se fazer muito dinheiro e esses novos filmes estão dando conta do recado. A arrecadação está indo muito bem obrigada e um
terceiro filme já foi anunciado.
O dueto Spok - Kirk ganha força nesse
filme, ao passo que McCoy, um dos melhores personagens na minha opinião, ainda
fica meio de lado, aparecendo apenas quando necessário. Ainda não foi dessa vez
que tivemos o prazer de presenciar as brigas hilárias dele com Spok. Mas o
grande destaque desse filme é, sem dúvida alguma, o vilão John Harrison,
interpretado por Benedict Cumberbatch. Ele conseguiu dar ao filme o ritmo que
Nero não conseguiu no primeiro. Simplesmente brilhante em todos os momentos.
JJ Abrams disse que iria elevar também a
outro patamar os efeitos 3D. Eu devo confessar que não sou lá muito fã de 3D e
vi em 2D, mas ouvi falar por aí que ele cumpriu o que prometeu e me deixou
curiosa.
Está muito mais do que recomendado. Seja
você fã ou não, vale muito a pena (desde que goste do gênero sci-fi).
E que venha o terceiro!!!
Rossana Menezes é jornalista, fotógrafa e
designer gráfica.
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