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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Junho Verde e Amarelo



   por ROBERTA BARROS



 Nós brasileiros,  voltamos  às ruas: “O Brasil que não dormia Saúda o Brasil que acordou”!

     No  Recife, no dia 20 de junho, houve um protesto que levou em média 60.000 às ruas. Mesmo  sem grandes incidentes  ou atos graves de violência, a imprensa insistia em falar de vândalos e de atos violentos.

     Mas neste momento, eu penso  que  violência maior ocorre quando não temos professores e que as escolas funcionam em péssimas estruturas,  muitas sem água potável, quase pequenos presídios com grades e policiais em suas portas,  “ para manterem  a ordem”. 

     Onde em  bairros pobres, água das chuvas se mistura a de esgotos que correm a céu aberto, que o transporte público é de péssima qualidade e onde pagamos tarifa de R$2,15 e passamos em média 50 minutos em pé, pendurados, sem ventilação, em ônibus muitas vezes velhos e sucateados, com motoristas e cobradores  sem paciências ou educação, fazendo  jornada de trabalho exaustiva, semelhante à de trabalhador escravo.

     Penso também que a violência  física deixam marcas, exposta, e a psíquica vai causando danos silenciosos, assim como a fome que impede o crescimento e o analfabetismo que deixa tantas crianças mudas, sem voz e vez.

     Neste turbilhão de manifestações, atos, copas das confederações e a copas de 2014, várias personalidades falaram sobre o assunto.
     “O economista americano Stefan Szumanski disse ‘‘O Brasil sacrificou um pouquinho de seu futuro para ter a copa de 2014.”

     O Senador Brasileiro Cristovam Buarque, disse que precisamos aprender a fazer contas, pois    ‘’ Se considerarmos o custo de todos os 12 estádios, atualmente orçado em R$7,2 bilhões, deixamos de formar cerca de  30.400 cientistas e tecnólogos.

     Em Pernambuco o grito das Ruas, baixou o preço da passagem em R$0,10 centavos.

    Outra frase do protesto: A questão não é de centavos, é de direitos.
   Agora ansiosos aguardamos  os próximos passos, desta movimentação.

    Uma ponto parece ser consenso para todos nós brasileiros :  O sangue  e o dinheiro dos impostos de todos, não podem manter  a opulência e o privilégio de poucos. 


Roberta Barros é pedagoga e fundadora da CAMM


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