por ROBERTA BARROS
Nós brasileiros, voltamos
às ruas: “O Brasil que não dormia Saúda o Brasil que acordou”!
No Recife, no dia 20 de junho, houve um protesto
que levou em média 60.000 às ruas. Mesmo
sem grandes incidentes ou atos
graves de violência, a imprensa insistia em falar de vândalos e de atos
violentos.
Mas neste momento, eu penso que
violência maior ocorre quando não temos professores e que as escolas
funcionam em péssimas estruturas, muitas
sem água potável, quase pequenos presídios com grades e policiais em suas portas, “ para manterem a ordem”.
Onde em bairros pobres, água das chuvas se mistura a
de esgotos que correm a céu aberto, que o transporte público é de péssima
qualidade e onde pagamos tarifa de R$2,15 e passamos em média 50 minutos em pé,
pendurados, sem ventilação, em ônibus muitas vezes velhos e sucateados, com
motoristas e cobradores sem paciências
ou educação, fazendo jornada de trabalho
exaustiva, semelhante à de trabalhador escravo.
Penso também que a violência física deixam marcas, exposta, e a psíquica
vai causando danos silenciosos, assim como a fome que impede o crescimento e o
analfabetismo que deixa tantas crianças mudas, sem voz e vez.
Neste turbilhão de manifestações, atos,
copas das confederações e a copas de 2014, várias personalidades falaram sobre
o assunto.
“O economista americano Stefan Szumanski
disse ‘‘O Brasil sacrificou um pouquinho de seu futuro para ter a copa de
2014.”
O Senador Brasileiro Cristovam Buarque,
disse que precisamos aprender a fazer contas, pois ‘’ Se considerarmos o custo de todos os 12
estádios, atualmente orçado em R$7,2 bilhões, deixamos de formar cerca de 30.400 cientistas e tecnólogos.
Em Pernambuco o grito das Ruas, baixou o
preço da passagem em R$0,10 centavos.
Outra frase do protesto: A questão não é de
centavos, é de direitos.
Agora ansiosos aguardamos os próximos passos, desta movimentação.
Uma ponto parece ser consenso para todos
nós brasileiros : O sangue e o dinheiro dos impostos de todos, não podem
manter a opulência e o privilégio de
poucos.
Roberta Barros é pedagoga e fundadora da CAMM
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