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segunda-feira, 15 de abril de 2013

CINEMANIA: Evil dead (2013) - A Morte do Demônio


por ROSSANA MENEZES


Diretor:  Fede Alvarez
Roteiro:  Fede Alvarez (screenplay), Rodo Sayagues(screenplay), 2 more credits »



Aqui em Toronto, dia de cinema mais barato é a terça-feira. Minha intenção é de, em breve, passar a ir toda semana, mas por enquanto ainda estou no "de vez em quando". 

Semana passada estava com uma vontade muito grande de ver um filme de terror. Sim, eu tenho essas vontades. Sou daquelas que vê todo tipo de filme. Então as vezes estou com vontade de ver uma comédia, ou um drama, ou um filme daquele pra gente pensar, refletir... e às vezes, estou com vontade de ver um bom terror... 

Combino então com um amigo meu de irmos ver Evil Dead. Lembro que vi o trailer e achei que talvez fosse um bom filme. E sem mais delongas, minha conclusão é: NÃO VEJA. 

Eu ADORO um filme de terror. Gosto de sentir aquele medinho. Mesmo morando só e indo dormir sozinha no meu apartamento. Sem mágoas, sem estresse, sem pânico. O medo passa com os créditos do filme. Mas eu gosto de sentir medo durante o filme. E em Evil Dead eu ri mais do que tive medo. 

Não estou aqui questionando a veracidade da história. Nada disso. Mas me pergunto se um filme de terror para ser bom tem que ser tão nojento. Eu não me considero uma pessoa fresca. Vejo Grey's Anatomy enquanto janto. Via CSI e suas cenas de necropsia enquanto comia tranquilamente. Mas nesse filme, o gore é tanto, é tanta seboseira, tanto sangue sem necessidade que eu acho que senti algumas gotas respingarem da tela em mim. Desnecessário...

Esse cidadão que dirigiu o filme é uruguaio e, até onde eu consegui descobrir, esse é o primeiro longa que ele dirige. E ele também fez o roteiro. Lembrarei de evitar seus filmes daqui pra frente. 

A história é aquela velha de sempre. Menina possuída pelo demo. Só que não numa forma clássica. Dessa vez, Mia, uma adolescente viciada em drogas, se junta com dois amigos muito próximos, seu irmão, a quem ela não via há tempo, e a namorada dele, em uma cabana no meio do nada que pertecia à sua falecida mãe. O intuito da viagem é fazer um pacto com eles de que vai deixar de usar drogas e a razão de irem para um lugar tão afastado seria para ela passar o período de detox longe da cidade e do acesso a outras drogas. 

Ideia FAN-TÁS-TI-CA, não? Fazer um processo de detox de uma adolescente, com um bando de jovens. AH, espere! A amiga dela era técnica em enfermagem - recém formada. SCOOOOOOOORE!! Prêmio jumentinhos do ano! 

E é obvio que o demônio toma conta e pinta miséria e no final... ahhhh não. Se quiser saber do final, vai ter que sofrer o que eu sofri, ou pelo menos pesquisar no google. 

Enfim... eu só indicaria pra inimigo. Mas se você é desse que adora uma nojeira e sangue escorrendo pela tela, ignore a história e vá em frente. Só não diga que eu não avisei. 

 Rossana Menezes é jornalista, fotógrafa e designer gráfica.

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