Por Roberta Barros
Domingo passado, fui convidada para uma
festinha infantil.
Meu neto e minha filha mais nova estavam
ansiosos para saber qual seria o motivo da festa e sair com as caixinhas cheias
de surpresas gostosas e guloseimas, que em um futuro bem próximo, nos levará aos
dentistas com bastante frequência.
Era uma festinha simples, as crianças iam
chegando aos poucos, e em cada mesa que passavam,
os olhinhos brilhavam. No centro, um
bolo com o Super-herói preferido do
aniversariante, reluzia.
Tudo corria muito bem, a criançada se
divertiam, e as mães, mais gordinhas se escondiam dos brigadeiros e bem casados
que passavam nas bandejinhas decoradas. Naquele momento a alegria parecia realmente
afastar as tristezas que rodeavam algumas crianças.
Tudo pronto! Está na hora! O momento dos
PARABÉNS!
Neste instante João, puxa a mãe pelo braço,
que, sem entender o que ocorria, cruza o salão e chega perto da mesa, aponta e,
pergunta se aquele Super-herói, não poderia trazer seu pai de volta.
Só neste momento a mãe entende a pressa de
João. Na semana anterior, ela tentara explicar a ele de todas as formas
possíveis, para onde seu pai tinha ido.
Seu pai foi assassinado depois de uma
discussão de trânsito.
Como a mãe tinha lhe
contado que o pai tinha ido para o céu, talvez aquele Super-herói pudesse trazê-lo
de volta.
Apagam-se as luzes, com as palmas das crianças, a música
começa, a mãe procura resposta, e a festa continua...
De volta à mesa, João se reencontra com
sua irmã menor, que a mãe acomoda no colo, nesta nova tentativa, ela segue
explicando para ele, o que as crianças precisam saber, e que os adultos não
conseguem explicar.
Roberta Barros é
pedagoga e fundadora da CAMM
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