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sábado, 25 de setembro de 2021

Aos mestres, gratidão!

 

                                             Prof. Martinho Condini


 

         Durante a nossa trajetória de vida encontramos com muitas pessoas. Esses encontros contribuem para a formação de todas e todos nós. Alguns desses encontros tornam-se marcantes e muito significativos por diferentes motivos. Eles acontecem em várias ocasiões: família, círculo de amizades, igrejas, templos, terreiros de umbanda ou candomblé, sala de aula, bares, festas, viagens.

         Às vezes esses encontros se dão com pessoas que de alguma maneira passam a fazer parte de nossas vidas, outras vezes são encontros com protagonistas da história, personagens de obras literárias ou mesmo com sujeitos do nosso cotidiano como educadores, religiosos, artistas, esportistas, operários, camponeses dentre outros.

         Estou me referindo a esses encontros porque neste mês de setembro comemoramos o centenário de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, que não conheci pessoalmente, mas que muito influenciou a minha formação, como também Dom Helder Camara, que encontrei uma vez. Mas não são desses dois nordestinos a que vou me referir neste escrito.

         Quero referenciar o meu encontro com dois professores e educadores que estão na minha história.

         São dois mestres que fazem parte da minha vida e que influenciaram de maneira muito positiva na formação do professor que sou hoje, apesar de tê-los conhecido após dez anos do início da minha lida na educação. Isso não significa que outros professores não tenham sido importantes também.

         Ambos cada um com sua mineiralidade, não só me orientaram na árdua tarefa da pesquisa academia, mas me mostraram a boniteza, a amorosidade , a rigorosidade , a dialogicidade  o comprometimento, a pareceria e o respeito ao outro durante todo o período em que caminhamos juntos.

         Que saudades das deliciosas conversas que tínhamos sobre Dom Helder Camara e Paulo Freire, às vezes, regadas por um cafezinho expresso e apreçado.

         Quanta ensinagem, aprendizagem, troca de saberes, um diálogo permanente que me possibilitava ser mais.

           Após os encontros e orientações com os dois mestres, eu tinha a certeza que seguiria em frente e chegaria ao final da missão a qual almejava.  

         Os dois mestres, para minha felicidade, continuam em plena atividade acadêmica, vigorosos, serenos, solícitos, sabedores dos seus papéis e importância na formação de tantos mestres e doutores há décadas.

         Hoje, estou plenamente convencido que muito mais importante do que os títulos que ambos me ajudaram a conquistar, foi ter bebido na fonte não só do conhecimento desses dois mestres, mas aprendido com as suas atitudes como professores e educadores.  O que sou hoje como professor e educador devo muito a eles.    

         Enfim, agradeço a vocês me possibilitarem tê-los como mestres na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

         Caros mestres Ênio José da Costa Brito e Alípio Marcio Casali, gratidão sempre.

 

        

2 comentários:

  1. Mestre Martinho, meus parabéns! Viva a educação libertadora, Viva Paulo Freire, viva a ala progressista da Igreja Católica e das demais igrejas. Pa z e bem, querido! Continue publicando... creio que em breve poderemos indicar algumas das suas publicações em nosas capacitação docente para imigranetes e refugiados, que ofertaremso pelo CAMI e mais uma faculdade parceira nossa, a FINACi. Paz e bem na caminhada!

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  2. Uma bela crônica, Martinho! Sempre bom ler sobre a história das amizades! Ela nos faz lembrar das nossas próprias histórias, do encontro tão fecundo entre amigos que reunimos ao longo da vida!

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