Leonardo Boff
Boff: ‘A morte pertence à vida. É seu ponto culminante’
Estou
convencido mais e mais, frequentando vários ambientes do mundo, daqui e de
fora, mesmo do meio popular, de que a solicitação maior não é por teologia, mas
por espiritualidade. Todos estão saturados de mil mensagens de todo tipo,
cansados de discursos religiosos, de encíclicas e coisas do gênero. Não querem
mais que se fale sobre Deus, mas pedem como experimentar Deus realmente.
Escutam com atenção as pessoas que falam a partir de Deus, irradiando uma aura
do sagrado e do divino que de alguma forma pervade nossa existência.
Na
espiritualidade, todos nos encontramos. Geralmente, as religiões fazem guerra
entre si ou justificaram guerras. A espiritualidade, ao contrário, vai ao
profundo do humano, onde se encontra sob cinzas uma brasa sagrada que pode ser
despertada e transformar-se numa chama ardente. Ela gera entusiasmo (ter um
deus dentro, em grego), uma paz que nenhum psicotrópico pode dar e uma discreta
alegria de viver com poucas coisas e se tornar capaz de solidariedade e de
compaixão com os sofredores humanos e da natureza.
A teologia
sempre é possível e deve ser feita para responder com sentido crítico às
demandas derradeiras da condição humana, mas ela deve desembocar numa
espiritualidade. Ela deve ser boa para as pessoas e levá-las a descobrir o seu
caminho para o encontro com a Suprema Realidade.
Fonte:
ENTREVISTA “Boff: ‘A morte pertence à vida. É seu ponto culminante” – Rede Brasil Atual
Experimentar Deus não e pensar sobre Deus. E sentir Deus a partir do coração puro e da mente sincera. Experimentar Deus e sentir Deus com a totalidade de nosso ser. Experimentar Deus não e falar de Deus aos outros, mas falar a Deus junto com os outros.
Link do site da Livraria Vozes
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